Nas primeiras eleições após o regime de exceção, Abdias assume a cadeira de deputado federal, primeiro afro-brasileiro a defender no Congresso Nacional os direitos humanos e civis de sua gente.

Apresenta o primeiro projeto de lei propondo políticas públicas de igualdade racial, que chama de ação compensatória. Retoma a proposta da Convenção Nacional do Negro de 1946 e submete à apreciação o projeto de lei que define o racismo como crime de lesa-humanidade.

Atua de forma intensa pelo fim das relações do Brasil com o regime racista de apartheid na África do Sul e pela independência da Namíbia.

Participa da criação da Comissão do Centenário da Abolição da Escravatura, no Ministério da Cultura, e contribui para a transformação desta comissão em um órgão permanente do referido Ministério, a Fundação Cultural Palmares.

No Senado, reapresenta seu projeto de lei sobre ação compensatória e sugere criar uma ação civil pública contra atos de discriminação racial. Participa das primeiras reuniões de um bloco parlamentar negro em formação.