Em
1990, Abdias é eleito na chapa do PDT ao Senado pelo Rio,
com Darcy Ribeiro e Doutel de Andrade. Em 1991, assume a cadeira
no Senado e pouco depois é nomeado primeiro titular da
Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção
das Populações Afro-Brasileiras (SEAFRO) do Governo
do Estado do Rio de Janeiro, criada pelo Governador Leonel Brizola.
Em 1996, falece o senador Darcy Ribeiro e Abdias assume a cadeira
de novo, exercendo o mandato de senador até 1999.
Abdias
reapresenta no Senado seu projeto de lei sobre ação
compensatória (PL 75/1997). Com duas propostas, procura
estabelecer o princípio da reparação para
o povo afrodescendente. A primeira cria uma ação
civil pública contra atos e omissões de discriminação
racial (PL 114/1997). A segunda estabelece sanções
na contratação de serviços para o setor público
contra empresas que cometem atos e omissões de discriminação
racial (PL 73/1997).
Apresenta,
ainda, emenda à Constituição Federal garantindo
às comunidades remanescentes dos quilombos os mesmos direitos
fundiários assegurados às populações
indígenas (PEC 38/1997). Sugere a inscrição
dos líderes da Conjuração Baiana, os mártires
da Revolta dos Alfaiates, no Livro de Heróis da Pátria
no Panteão da Liberdade e da Democracia, Praça dos
Três Poderes, Brasília (PL 234/1997). Institui o
Prêmio Cruz e Sousa, comemorativo do centenário da
morte do poeta simbolista catarinense, preside os trabalhos do
respectivo Concurso de Monografias (PR 126/1997), e publica livro
com os respectivos documentos e textos.
Participa
das primeiras articulações de uma frente parlamentar
afro-brasileira.